Compreendemos que a aprendizagem da matemática é mais significativa quando ela é construída com base em movimentos dialógicos que resultem em práticas argumentativas e que os livros didáticos podem se constituir como importantes ferramentas capazes de contribuir com estes movimentos. Nessa perspectiva, o texto em questão objetivou apresentar uma análise sobre dissertações e teses produzidas no período de 2003 a 2013 e divulgadas no Portal da CAPES, as quais tiveram como intuito investigar e analisar a abordagem conferida em coleções didáticas para o desenvolvimento da argumentação. Trata-se, portanto, de uma análise documental de cunho qualitativo. Segundo os trabalhos acadêmicos analisados, os livros didáticos não contribuem, de modo efetivo, com o ensino de demonstrações matemáticas, assim como com o aprendizado das etapas que constituem o processo argumentativo, desfavorecendo, portanto, a produção de movimentos dialógicos, os quais entendemos serem fundamentais para o desenvolvimento do pensamento crítico e da autonomia do aluno, e, em especial, para a construção do conhecimento matemático.