A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) configura-se como uma doença crônica, debilitante e contagiosa que se manifesta como um desafio global envolvendo repercussões epidemiológicas, socioculturais, econômicas e clínicas. Esse trabalho tem por objetivo descrever as situações de vulnerabilidade vivenciadas por enfermeiros frente ao paciente portador de HIV/AIDS. Trata-se de uma revisão da literatura, realizada por meio da busca de artigos indexados online nas bases de dados Scientific Eletronic Library Online (SciELO) incluída na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Empregaram-se como critérios de inclusão: artigos completos, na língua vernácula, disponíveis online na íntegra, publicados entre os anos de 2010 a 2016 e, como critérios de exclusão, artigos incompletos, com acesso mediante pagamento e que não respondesse a pergunta norteadora do estudo. A vulnerabilidade não se restringe à susceptibilidade ou à contaminação por algum patógeno. Engloba tudo aquilo que representa uma ameaça à integridade física, moral, psíquica, espiritual, social ou afetiva de profissionais de enfermagem e de pacientes sob cuidados. O desconforto e a pena, da mesma forma, emergem no convívio a partir da percepção dos enfermeiros acerca das barreiras que serão enfrentadas pelos pacientes em prol de sua sobrevida. A vulnerabilidade, neste caso, mostra- se compartilhada. Este compartilhamento é verbalizado pelos enfermeiros por meio de termos como envolver-se demais, sofrer junto e colocar-se no lugar. Os enfermeiros encaram a manifestação da confiança do paciente neles depositada, assim como a presença de elogios e valorização da sua prática, como fatores de empoderamento que correspondem a recompensas pelo sofrimento vivenciado no intercurso do cuidar.
Palavras-chave: “Vulnerabilidade em Saúde”, “Saúde do Trabalhador”, “Cuidados de Enfermagem” e “Síndrome da Imunodeficiência Adquirida”.