A Atenção Primária a Saúde (APS) ao questionar o modelo biomédico propõe mudanças na organização dos serviços de saúde. Nesta direção, o debate em torno da APS adquire relevo internacional a partir do final da década de 1970, sendo difundido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e por organismos multilaterais. Essa agenda é adotada no Brasil, como algumas particularidades, e é evidenciada nas ações do Ministério da Saúde (MS) que passa a enfatizar programas e ações de fortalecimento da Atenção Básica. Os maiores expoentes serão a Estratégia Saúde da Família (ESF), e com o suporte posterior do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF). Nesta direção o presente artigo apresenta um recorte dos resultados de uma pesquisa de Iniciação Cientifica (IC) realizada junto às equipes NASF dos municípios de Campina Grande e João Pessoa, na Paraíba. Assim, este artigo traz uma análise do cotidiano de trabalho dos profissionais, com ênfase nas características do Apoio Matricial e da Promoção da Saúde nos NASF dos munícipios de Campina Grande/PB e João Pessoa/PB. Os desafios na relação dos profissionais do NASF com as equipes Saúde da Família e a dificuldade de construção de práticas que efetivem a perspectiva do Apoio Matricial, também são analisados no presente texto.