O envelhecimento populacional é um fenômeno em evidência no Brasil. Segundo dados do IBGE (2015) cerca de 13,7% da população é composta por pessoas com mais de 60 anos. O processo de envelhecer vincula-se a uma maior prevalência de doenças crônicas e de incapacidades, em consequência disso, há uma maior procura dos idosos por serviços de saúde. Várias doenças acometem os idosos, podendo-se destacar as doenças crônicas, que requerem tratamento farmacológico múltiplo, culminando na polifarmácia dos pacientes. Esta não é a única causa da polimedicação, como foi descrito nesta revisão. Sendo assim, teve-se como objetivo avaliar as causas da alta taxa de prevalência da polifarmácia em idosos e as consequências associadas ao usado abundante de medicamentos nessa faixa etária. Portanto, para elaboração desta revisão, realizou-se uma análise das informações em bases de dados Medline, Lilacs e SciELO. Após a leitura criteriosa dos artigos selecionados, no período de 2000 a 2016, foram estabelecidas as principais causas e consequências da polifarmácia. Diante da análise destes, ratificou-se que polifarmácia não apresenta um único conceito, porém, o mais aceito consiste no uso concomitante de cinco ou mais medicamentos. Foram estabelecidas, também, as principais casuísticas da polifarmácia, sendo a terapia das Doenças Crônicas não Transmissíveis e a automedicação praticada pelos idosos as mais frequentes, as quais potencializam as interações medicamentosas e reações adversas. A complexidade da terapia medicamentosa, também é uma das causas da não adesão ao tratamento. Portanto, é preciso um cuidado especial dos profissionais da saúde com os pacientes idosos.