No trabalho das costureiras é percebida uma prevalência dos riscos ergonômicos relacionados à postura estática e movimentos repetitivos podendo desencadear sérios problemas de saúde refletindo em absenteísmo e adoecimento. No trabalho ao longo do tempo podem surgir os desvios posturais em diversos segmentos do corpo, porem existe uma prevalência no tronco o principal segmento da manutenção postural. Neste contexto o objetivo desse trabalho é avaliar a postura de trabalhadores de uma fábrica de costura no interior do Rio Grande do Norte. A amostra constituiu de 26 trabalhadores. Os instrumentos para coleta de dados foram um questionário sociodemográfico e uma ficha de avaliação postural nas vistas anterior, lateral direita e lateral esquerda. Na vista anterior foi observado o posicionamento da cabeça; altura dos ombros; triângulo de Talles; joelhos. Na vista lateral direita e lateral esquerda foi observada a cabeça; ombros; coluna vertebral; escápulas e presença de gibosidade. Na vista anterior houve uma prevalência da cabeça alinhada em 81%, os ombros estavam alinhados em 48% e desnivelados em 42% com o esquerdo mais elevado, o triangulo de Talles estava simétrico em 72%, os joelhos se encontravam alinhados em 88%. Nas vistas laterais a cabeça se encontrava alinhada em 92% e anteriorizada em 8%, os ombros estavam normais em 96%, hiperlordose foi observada em 15% e hipercifose em 4%. A gibosidade foi encontrada em 23%. Pode-se concluir que algumas alterações posturais foram encontradas, sendo evidenciadas principalmente nos ombros e tronco, entretanto outros estudos devem ser realizados com uma maior amostra e com avaliação de outros aspectos determinantes relacionados à saúde.