Nos últimos anos, a ansiedade tem aumentado consideravelmente na população humana, e esse fator está relacionado às transformações ocorridas no meio social, cultural e econômico, que obrigam as pessoas a se adaptarem a um novo ritmo de vida e trabalho. Devido à complexidade do trabalho em saúde mental, os profissionais desta área estão mais susceptíveis à situações consideradas ansiogênicas. A presente pesquisa objetivou verificar os níveis de ansiedade traço dos profissionais de nível superior que atuam em duas modalidades de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) em um município do Estado da Paraíba. Foi realizado um estudo descritivo de abordagem quantitativa, com 20 voluntários no período de dezembro de 2015 a março de 2016, utilizando-se o Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE-T) para a coleta de dados. Os dados foram analisados com o auxilio do programa estatístico GraphPadPrism e posteriormente organizados em tabela para melhor compreensão. Embora a literatura apresente a complexidade do trabalho em saúde mental, verificou-se com este estudo que 60% dos profissionais apresentaram baixa ansiedade. Porém, ao serem analisados individualmente por modalidade de serviço, observou-se que nos CAPS Álcool e Drogas há predominância de profissionais com alta ansiedade. Levando em consideração a crescente demanda de cuidados em saúde mental, observa-se a necessidade de investimentos na capacitação pessoal e intelectual do profissional, buscando manter a saúde mental destes, visando a continuidade da assistência qualificada nestes serviços.