As reflexões contidas neste artigo compõe o conjunto de preocupações e indagações feitas a partir do entendimento da escola como espaço sociocultural, das relações estabelecidas entre os sujeitos escolares (alunos e professores) e suas significações particulares frente à disciplina de Sociologia. O trabalho foi realizado por estudantes de licenciatura, gestado e desenvolvido na disciplina de Estágio Supervisionado do curso de Licenciatura em Ciências Sociais da UECE – Universidade Estadual do Ceará. Realizamos um estudo de caso apoiado em uma abordagem qualitativa com coleta de dados e análises. O estuda busca no decorrer de suas inquietações preencher os seguintes questionamentos: Que significado os alunos dos meios populares atribuem aos estudos escolares e a disciplina de Sociologia? Quem é o professor dessa disciplina? Quais as relações entre educador e educandos no contexto de uma escola de periferia? Na tradição sociológica francesa e reverberando nos estudos brasileiros, a sociologia da educação por muito tempo evocou suas análises para com os alunos e professores divorciados de suas trajetórias de vida, de suas experiências particulares. Dentro dessa amálgama, achamos necessário entrelaçar os conhecimentos provenientes das Ciências Sociais contíguos aos estudos do campo educacional, com o intuito de desenhar novas interpretações da realidade escolar. Esperamos contribuir com as discussões acerca da educação básica imbricada com as singularidades dos alunos e professores, situando o ensino da Sociologia como peça importante de compreensão dos fenômenos educacionais.