Introdução: As condições de saúde dos idosos podem ser compreendidas por indicadores específicos do processo saúde/doença, destacando-se o perfil de morbidade e qualidade de vida desta faixa etária. O número de pacientes portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus tende a aumentar nos próximos anos, devido ao envelhecimento da população e o estilo de vida pouco saudável. Assim, esta pesquisa teve como objetivos descrever o perfil de utilização de medicamentos de indivíduos com hipertensão e diabetes acompanhados por uma equipe de saúde da família e expor as principais práticas de autocuidado. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, desenvolvida na Unidade Saúde da Família em Campina Grande-PB. A coleta de dados aconteceu em fevereiro e março de 2014, a partir da aquisição dos cadastros dos clientes acompanhados pelo programa HIPERDIA, sendo a população composta por 497 usuários e por 119 cadastros atendendo aos critérios de inclusão da pesquisa, como ser cadastrado no programa, ter mais de 60 anos e fazer uso regular de medicamentos. Resultados e discussões: Dentre os 119 entrevistados, 90 (78,6%) eram mulheres e o restante 29 (24,4%) homens. A média de idade foi de 62,75 anos (DP 13,076), com variação entre 25-96 anos. A quantidade de medicamentos utilizados por dia pelos entrevistados foi de 3,64 (DP 2,150), variando entre 1-11. Percebe-se que existe uma relação direta proporcionalmente entre o avanço da idade com o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis corroborando com dados do Ministério da Saúde que estipula que aproximadamente 65% dos idosos são hipertensos, o que demonstra mais uma vez a presença de altas prevalências de HAS e DM nas faixas etárias mais velhas. Dentre as orientações que os profissionais de saúde forneceram aos idosos hipertensos a mais seguida foi não ingerir comida salgada com número de 75 idosos seguida de tomar a medicação corretamente com 52 pessoas. Nota-se que as práticas que dão resultados em curto tempo são as mais realizadas. Constata-se que entre os idosos diabéticos a recomendação mais aceita é ingerir pouca quantidade de açúcar seguida de nenhum cuidado. A partir desses resultados torna-se claro o quanto é essencial que os diabéticos saibam as consequências e os malefícios da sua patologia, pois a partir das mudanças de hábitos como o cuidado com a alimentação e atividade física, mudará de uma forma benéfica as suas qualidades de vida. Conclusão: É evidente o quão é importante saber a prática de autocuidado e a utilização da medicação pelos idosos, pois a partir disso, os profissionais de saúde e outros responsáveis poderão intervir frente às reais necessidades e limitações desses usuários. Igualmente como autocuidado que deve ser incentivado, pois um idoso que é encorajado a fazer suas atividades diárias torna-se mais ativo colaborando para a sua saúde em todos os níveis tanto fisiológico, psicológico e social.