INTRODUÇÃO: O envelhecimento da população configura-se como um fenômeno da atualidade e de abrangência mundial. No Brasil, o crescimento exponencial da população idosa vem acompanhado por um aumento de doenças crônico-degenerativas, elevando os índices de morbidade. Desenvolver incapacidades com perda da independência e, por vezes, o comprometimento da autonomia pressupõe que as tarefas que o idoso não consiga mais realizar, sejam assumidas por outra pessoa na função de cuidador. A definição para cuidador, é dada como aquele que é responsável por cuidar da pessoa doente ou dependente, auxiliando a realização de suas atividades diárias, tais como alimentação, higiene pessoal, além de aplicar a medicação de rotina e acompanhá-la junto aos serviços de saúde, ou outros requeridos no seu cotidiano, excluindo, para tal, técnicas ou procedimentos identificados como exclusivos de outras profissões legalmente estabelecidas(4). Ao assumir e realizar a tarefa de cuidar do idoso, geralmente, de caráter ininterrupto, ou seja, sem descanso, trazendo ao cuidador horas seguidas de trabalho, principalmente com atividades como cuidados corporais, alimentação, eliminações, ambiente, controle da saúde e outras situações, o cuidador pode experimentar situações desgastantes e de sobrecarga. METODOLOGIA: Realizou-se revisão integrativa que abrangeu as seguintes etapas: definição do tema; estabelecimento dos critérios de inclusão e exclusão dos artigos; definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados; análise e interpretação das informações e síntese dos achados. A revisão abrangeu artigos publicados no período de 2010 a 2013, disponíveis no idioma português, nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde – LILACS e Biblioteca Virtual Scientific Electronic Library online – SCIELO. Os descritores utilizados para busca dos artigos foram “sobrecarga”, “cuidadores” e "idosos". RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante o período investigado, foram identificados um artigo publicado em 2010, um em 2011, dois em 2012 e um em 2013. Dos estudos analisados, todos foram conduzidos no Brasil. Os artigos analisados abordaram sobre os perfis dos cuidadores e os efeitos negativos relacionados à sobrecarga de trabalho sobre cuidadores de idosos. Os estudos apresentaram objetivos que envolveram desde descrever a sobrecarga e o desconforto emocional dos cuidadores de idosos até avaliar o perfil dos cuidadores e o grau de dependência dos idosos de acordo com o nível de fragilidade e correlacioná-lo com a sobrecarga de trabalho dos seus cuidadores. CONCLUSÃO: Muitas vezes, o sentimento de esgotamento ou exaustão dos cuidadores associado ao elenco de sintomatologia caracterizada no indivíduo que sofre de sobrecarga é resultante da grande dedicação e esforço na atividade de cuidar, na qual o cuidador desconsidera suas próprias necessidades, constituindo-se um problema psicossocial. Dados do presente estudo indicam que o desconforto emocional dos cuidadores está fortemente associado à sobrecarga, e que a sobrecarga está apontada como fator de risco para o desconforto emocional.