O Brasil possui uma população de aproximadamente 180 milhões de habitantes, dos
quais 56% são mulheres. A expectativa de vida feminina passou de 45 anos em 1960 a
68 anos atualmente, fazendo com que um número cada vez maior de mulheres viva por
mais tempo, enfrentando as alterações físicas e psíquicas da menopausa, por isso a
importância de conviver em grupos, fazer exercícios físicos, não apenas envelhecer, mas
ter qualidade de vida. Com isso, a pesquisa tem como objetivos: comparar a qualidade
de vida das mulheres menopausadas que participam de um grupo de promoção à saúde e
as que não participam; identificar as características sócio-demográficas das mulheres
pesquisadas; observar as alterações na qualidade de vida do grupo participante após as
atividades grupais; verificar as mudanças ocorridas entre os participantes que não
realizaram as atividades em grupo ao fim da pesquisa; mostrar a importância dos grupos
de promoção à saúde. Esta pesquisa foi do tipo experimental, sendo composta por 20
participantes, dividas em grupos. As pacientes obedeceram à critérios como: faixa etária
entre 48 e 58 anos; aceitar participar da pesquisa, assinando o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido; comparecer aos encontros do grupo de promoção à saúde e não
apresentarem déficits cognitivos que interfiram no andamento do grupo e da pesquisa.
Os resultados encontrados mostraram que a idade média foi de 53,3±4,5 anos, em
relação ao estado civil, houve uma predominância de mulheres casadas, sendo 80%
(n=8) do grupo controle e 50% (n= 5) do GPS; observando o percentual de mulheres
que possuem filhos, verificou-se o mesmo valor de 70% (n=7) em ambos os grupos. Em
relação à quantidade de filhos, as mulheres do GPS obtiveram uma média de 5,20 ± 4,1
filhos e as do grupo controle uma média de 1,20 ± 0,9 filhos. Em relação à qualidade de
vida, antes do início das atividades grupais não houve diferença significativa entre os
dois grupos. Quanto aos resultados apresentados após o experimento, podemos observar
que houve diferença significativa nas variáveis de capacidade funcional (p= 0,00), dor
(p= 0,01), vitalidade (p= 0,01), aspectos sociais (p= 0,00) e saúde mental (p= 0,04). Na
avaliação da qualidade de vida das mulheres do grupo de intervenção antes e após o
experimento, podemos observar diferenças significativas semelhantes aos encontrados
anteriormente comparando-se o grupo de intervenção e controle, com exceção apenas
do estado de saúde (p=0,00). Quanto ao grupo controle não houve diferenças
significativas. Concluímos que os resultados foram satisfatórios, pois mostraram que as
atividades em grupo são benéficas e proporcionam uma melhor qualidade de vida em
mulheres na fase da menopausa.