Além da atuação do Enfermeiro na promoção e prevenção a saúde, que é parte das atribuições das Equipes de Saúde da Família, também é de sua competência realizar atividades de Educação em Saúde na busca da melhoria e do autocuidado à saúde da população assistida. As Políticas de Humanização de Promoção a Saúde, que faziam parte de um modelo já existente através da Atenção Básica, vieram a ser renovadas pelo Sistema Único de Saúde implementando as novas propostas, como também ajudando a valorizar e incentivar as atividades de Educação em Saúde juntamente com a equipe multiprofissional das Estratégias de Saúde da Família (ESF), realizando um trabalho interdisciplinar e mantendo maior aproximação com a população, buscando abordagens conforme a realidade e necessidade dos usuários. Como estudantes de enfermagem inseridos e atuantes na ESF, surgiu o interesse de buscar mudanças na realidade atual da população em questão, priorizando a necessidade de ampliar as atividades educativas, abordando mais vezes os assuntos DST’s/HIV/AIDS através da realização de rodas de conversa e palestras. No intuito de contribuir com o processo de desenvolvimento do SUS na Educação em Saúde e no cuidado com a prevenção a saúde sexual do idoso, buscou-se com este trabalho, práticas de Educação em Saúde voltadas para a prevenção das DSTs/HIV/AIDS entre um grupo de idosos usuários de uma ESF no Município de João Pessoa - PB. Trata-se de uma pesquisa de caráter exploratório realizada com um grupo de idosos a partir do trabalho de Educação em Saúde aplicada por estudantes do curso de Licenciatura e Bacharelado em Enfermagem da Universidade Federal da Paraíba através do Programa de Extensão Universitária - PROBEX, com uma amostra de 19 integrantes de um grupo da terceira idade. O interesse dos idosos foi muito perceptível, onde se mostraram dispostos a dialogar sobre o assunto abordado, porém, deixando visível em alguns momentos a falta de conhecimento sobre os sintomas, formas de contágio e prevenção de DSTs/ HIV/AIDS. Os participantes do grupo demonstraram um entendimento sobre a AIDS como um problema recente, que os profissionais de saúde relacionam ao fenômeno do envelhecimento da população, de modo que as pessoas estão vivendo mais, passando a se tornarem mais susceptíveis e vivenciarem condições antes não cogitadas. Percebemos que a visão sobre a prevenção de DST/AIDS nos idosos ainda é muito restrita ao uso de preservativos e a outros programas que esses indivíduos estão inseridos. Os preconceitos, que podem ser relacionados as questões culturais sobre a sexualidade no idoso, refletem na falta de ações de prevenção das DST/AIDS nessa faixa etária. A participação dos idosos nos grupos voltados a sua faixa etária favorecem a manutenção do envelhecimento ativo. Assim, faz-se necessária a realização de ações direcionadas a saúde sexual dos idosos, que devem ser constantes e inovadoras, de modo a buscar integrar os idosos e sua realidade nos planejamentos das políticas de saúde para as Unidades de Saúde da Família.