A violência contra a mulher interfere nos aspectos psicológicos, físicos e sociais dos vitimados. Ela é considerada atualmente um problema de saúde no Brasil. O Estudo de caso objetivou conhecer a relação e suas consequências entre o divórcio, à violência doméstica e a ressignificação individual. A pesquisa segue um desenho qualitativo, e teve como participante uma mulher idosa divorciada, vítima de violências provocadas por seu ex-cônjuges. O instrumento utilizado foi a entrevista semiestruturada e os dados coletados foram submetidos à análise de conteúdo temática. Os resultados indicaram que os sentimentos e emoções mais frequentes foram: os sentimentos de felicidade, vivacidade, determinação e liberdade. No que se refere às características do luto manifestadas no percurso do processo de separação, constatamos que houve a vivência de sentimentos de tristeza, mágoa, decepção. Percebemos que a separação favoreceu a manutenção da saúde e que a participante experienciou o processo de subjetivação que promoveu o contato consigo e oportunizando a vivência de novos enfoques de si mesmo. Observou-se no caso, à permanência do ex-casal na mesma casa, após o divórcio. Entendemos que os ex-cônjuges passaram pelas etapas de separação familiar, social e legal. No entanto, por questões econômicas, mantiveram a moradia sob o mesmo teto.