Diante o rápido crescimento da população idosa no Brasil, torna-se bastante importante a busca pelo entendimento desta fase da vida. Sabe-se que o meio em que vivem as condições socioeconômicas que os cercam e a capacidade ou não de cuidar da sua própria saúde irão influenciar bastante na longevidade destes indivíduos. Esse estudo possui como objetivo a avaliação do estado nutricional e análise do perfil alimentar de idosos que foram submetidos a cirurgias e que se encontravam internos na clinica cirúrgica de um hospital público, relacionando o processo de envelhecimento com diagnostico nutricional atual. Foi realizado na Clínica Cirúrgica do Hospital Universitário Lauro Wanderley junto aos pacientes da demanda espontânea com idade igual ou superior a 60 anos de idade, de ambos os sexos. Estes pacientes foram submetidos a uma avaliação nutricional e de consumo alimentar. Além disso, foi realizada uma entrevista para coleta dos dados sócio demográficos e pessoais. Após a coleta dos dados, os mesmos foram analisados utilizando-se o Programa Microsoft Excel, versão 2010. Quanto ao Estado Nutricional, houve prevalência de Eutrofia, em ambos os sexos, apresentando, maior índice de sobrepeso em idosos do sexo feminino e baixo peso no sexo masculino. O risco nutricional segundo a Circunferência Abdominal e Risco elevado de desenvolvimento de Doenças segundo a Relação Cintura-Quadril, apresentaram maior prevalência em idosos do sexo feminino e baixo risco para o sexo masculino. De acordo com o Perfil Alimentar, pôde-se perceber bom índice no consumo diário de Leite em 65% dos idosos estudados e um consumo semanal (1 a 4x) de alimentos proteicos como Frango (70,6%), Carne (64,7%), Ovos (58,8%) e Peixes (53%), Frutas (70,6%), Açúcares (58,8%) e Hortaliças (53%). Destacando-se um baixo consumo diário de Óleo (29,4%), Açúcares (35,3%) e Refrigerantes (6%). Portanto, acredita-se que este baixo consumo seja devido aos cuidados da própria idade. Contudo, não se pode relaxar com os cuidados e atenções especificas para os idosos, pois os fatores associados ao consumo alimentar no envelhecimento são considerados como de risco para o desenvolvimento da má nutrição e consequentemente prevalência de doenças futuras.