É com enorme satisfação que apresento à comunidade de educadores em formação e em ação, o resultado de trabalhos de investigação desenvolvidos na Paraíba, na área de ensino de Matemática, pela equipe participante do Observatório da Educação (OBEDUC), sob a coordenação da Professora Dra Kátia Maria de Medeiros.
Antes de tratarmos dos textos que compõem este livro, gostaria de ressaltar a importância da realização de projetos como o OBEDUC e outros projetos de ensino voltados para a melhoria de nossas Licenciaturas, que demandam um olhar especial de nossas autoridades, gestores e docentes formadores, em virtude da importância da educação para o futuro de qualquer país.
Uma das razões de minha alegria ao fazer este Prefácio está em ver o quanto nosso estado tem contribuído nessa direção, desde que conclui meu Doutorado em Educação, no ano 2000, realizando pesquisa sobre o ensino de Matemática. Estávamos começando a investir na área e em menos de quinze anos já contamos com um grupo robusto de pesquisadores atuando em diversas instituições paraibanas e produzindo materiais de referência para a Educação Matemática.
Os textos aqui socializados baseiam-se em um corpo teórico atual e discutem procedimentos didático-metodológicos inseridos em contextos diversos, tomando como foco a Resolução de Problemas, estratégia de ensino fundamental para um processo que pretende formar estudantes que pensam, criticam, agem e transformam. Qualquer outra escolha metodológica feita pelo professor para o trabalho com um conteúdo matemático deverá estar indissociavelmente ligado ao trabalho com a proposição, avaliação, interpretação e resolução de problemas, pensados em contextos que evidenciem a importância de se aprender Matemática.
Cada autor promove reflexões e incita a possibilidade de pensarmos em desdobramentos dessas leituras em nossas salas de aulas, na direção de promovermos a melhoria do ensino de Matemática, nos diferentes níveis de escolaridade em que atuarmos. Nosso desafio é grande, pois se refere não apenas ao espaço escolar, mas ao âmbito social e pessoal, uma vez que não importa apenas o que e como ensinamos, mas, sobremaneira, quem formamos.
Sobre esse ensino, as discussões apresentadas nos textos repousam sobre a necessidade de atribuição de sentido àquilo que nossos estudantes aprendem, considerando-se que todo conhecimento é uma construção social, cultural e histórica e encontra-se em permanente transformação.
Rogéria Gaudencio do Rêgo
DM/CCEN/UFPB