O presente artigo tem como objetivo discutir o uso de jogos como recurso educacional no processo de alfabetização e letramento, em práticas decoloniais de ensino e aprendizagens de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade que também frequentam escolas no bairro do Bengui e no Movimento República de Emaús na cidade de Belém. A pesquisa fundamenta-se nos estudos de autores como Araújo (2020); Bueno & Proença (2019); Ferreira (2021); Freire (1987), Vygotsky (1984); Quintero; Figueira & Elizalde (2019) e outros. O estudo resulta de uma abordagem metodológica qualitativa com a pesquisa - ação articuladas em etapas de construção dos jogos educacionais, 1 planejamento dos jogos. 2 construção do jogo. 3 desenvolvimento com os estudantes.4. Socialização dos jogos. Os resultados e análises possibilitam a identificação da importância dos jogos na ludicidade a partir de uma perspectiva interdisciplinar. Isso favorece a implementação de atividades em grupos, estimulando o ensino e aprendizagem no processo de alfabetização e letramento, a criatividade, em resolução de problemas, com práticas decoloniais. Isso potencializa os diálogos com temas sociais, transversais e interdisciplinares construindo um ambiente lúdico e afetivo através de um diálogo crítico reflexivo em meio social e dos avanços nos níveis de aprendizagens a partir de diagnoses mensais. As vivências no Movimento República de Emaús possibilitam a socialização das futuras alfabetizadoras, educadores do Movimento, crianças e jovens, contribuindo com a prática docente em ensinar e aprender construindo conhecimento no fortalecimento do coletivo em meio às práticas culturais que favorecem as vivências e trocas entre professores em formação Inicial e continuada com os alunos, entre alunos e alunos e educadores. Alguns dos resultados revelam a importância de articulações dos processos de ensino e aprendizagem às realidades das comunidades no entorno do bairro do Bengui.