Anitta é uma das maiores figuras públicas da América Latina, representante principalmente da música pop no Brasil, e em toda sua carreira a cantora bebeu da fonte de diversos gêneros musicais, como funk, reggaeton, MPB, conseguindo alcançar diferentes pessoas, classes sociais, idades, e em diferentes nacionalidades. Através de seu trabalho, Anitta obteve influência cultural, social e política não somente em seu país de origem, como também em todos os outros em que seu trabalho já foi reconhecido, por exemplo Espanha, México, Peru e Argentina. Neste trabalho colocamos a seguinte questão: Como o hibridismo cultural se faz presente no sujeito constituinte Anitta, uma vez que pensar a cultura a partir de uma perspectiva pós-colonial, é pensá-la híbrida em todos os aspectos sociais? Entendemos, aqui, o hibridismo cultural como “processos socioculturais nos quais estruturas ou práticas discretas, que existiam de forma separada, se combinam para gerar novas estruturas, objetos e práticas” (CANCLINI, 2013, p. XIX). Dito isso, conseguimos justificar, também, tamanha lógica na mistura de hits e gêneros musicais, assim como a cantora continua fazendo em sua carreira, pois toda inovação é uma espécie de adaptação, e encontros culturais que encorajam a criatividade (BURKE, 2003). Pretendemos, também, olhar para as questões de constituição do sujeito “Anitta” e toda a sua complexa relação dialógica e polifônica (BAKHTIN, 2006) estabelecida por meio de suas canções e sua subjetividade de artista. Todavia, a pesquisa também traz abordagens de como podemos levar este tema para a sala de aula, sendo possível trabalhar a interdisciplinaridade da área de linguagens por meio de suas músicas e clipes que vão além de melodias, pois também são interpretadas em outras línguas, trazendo repertórios e referências de diversos países, evidenciando o choque cultural presente em nossa sociedade.