O presente trabalho busca refletir sobre a inclusão e a dificuldade da permanência de pessoas LGBTQIAP+ no âmbito universitário, bem como expressar a realidade vivenciada por esses sujeitos através dos resultados provenientes da intervenção realizada com estudantes dessa comunidade na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Paraíba. A referida intervenção foi proposta a partir da necessidade de refletirmos acerca da pertinência de espaços educacionais mais inclusivos para esse grupo, obter fundamentos para ampliar as discussões sobre a referida temática na universidade, compreendermos as representações sociais construídas historicamente e o consequente sofrimento psíquico oriundo das violências vivenciadas por esses sujeitos. Tomando como referência os princípios teórico-práticos da Educação Popular, o aporte teórico das representações sociais e da Terapia Narrativa, recorremos à utilização da arte e da escrita terapêutica por serem ferramentas que auxiliam no processo de elaboração de experiências subjetivas, para buscarmos compreender os fatores que incidem sobre o adoecimento mental gerado pelas reproduções de preconceito e na dificuldade de se encarar a diversidade nos ambientes educacionais. Nessa perspectiva, foram obtidos resultados de caráter qualitativo, levando em consideração a análise das narrativas dos indivíduos e o produto de cada etapa, sendo evidenciado o processo de sofrimento psíquico dos sujeitos envolvidos. Dessa maneira, em função dos benefícios decorrentes da arte e da escrita terapêutica, foi possível identificar junto ao grupo a promoção de bem-estar, criação e fortalecimento de vínculos para que, simultaneamente, se desenvolvessem as potencialidades individuais dos sujeitos enquanto membros da comunidade LGBTQIAP+.