Em um panorama histórico, a ciência tradicional tem sido dominada por uma ótica eurocêntrica, que, na esmagadora maioria das vezes, invisibiliza ou desconsidera as contribuições de outras culturas e perspectivas de mundo. Nesse contexto, a ancestralidade afro-brasileira e as contribuições da cultura preta no campo científico ficam de fora dos grandes espaços de debates científicos. Além disso, numa ótica intelectual, a população preta não era considerada produtora de conhecimento, uma vez que, suas práticas eram tidas restritamente ao trabalho escravo, e não acadêmicos. Partindo dessa premissa, objetiva-se com esse trabalho analisar e evidenciar as contribuições de pessoas pretas e afro-brasileira no contexto da química e discuti-las. O artigo é de natureza qualitativa e fundamenta-se na revisão literária e bibliográfica dos seguintes autores: Gonzaga et al (2019); Benite et al (2017); Cunha (2007, 2010). Contudo, espera-se ao fim desse trabalho que as pessoas pretas sejam reconhecidas a partir de suas produções acadêmicas, nesse caso em especifico na área de química que é de grande relevância no contexto cientifico, e consequentemente, incentivar pessoas pretas de quaisquer realidades a desenvolverem trabalhos acadêmicos e, por fim, tenham notoriedade no âmbito cientifico, isto é, sejam vistas para além do estigma que as acompanham há várias gerações.