A cegueira botânica tem como definição a inaptidão que as pessoas possuem de perceber as plantas ao seu redor, desconsiderando sua importância no ambiente. Partindo-se dessa premissa, o objetivo deste trabalho foi avaliar a percepção, através de uma revisão integrativa, acerca das causas da cegueira botânica no ensino superior do Brasil e investigar quais metodologias vêm sendo aplicadas no ensino de botânica. Para coleta do material bibliográfico foram aplicados descritores no Google Acadêmico como: "Cegueira Botânica" + "Ensino Superior" + "Metodologias", entre outros, do ano 2000 a 2022. Os dados foram organizados em planilhas, e para a triagem excluiu-se pesquisas que fugiram da temática e do nível de ensino de interesse. Foram incluídas dissertações, monografias e artigos científicos. A busca resultou em 331 trabalhos, destes a maioria foram desenvolvidos no ensino médio, demonstrando que poucas pesquisas acerca da cegueira botânica estão voltadas para o ensino superior. Os artigos que vincularam a cegueira botânica e metodologias de ensino ao nível superior foram elegíveis. Os dados revelaram que o foco do problema está na formação inicial dos licenciandos em Ciências Biológicas e Ciências Naturais, pois estes carregam a hesitação dos temas botânicos para a educação básica. Dentre as metodologias utilizadas para melhoria do ensino de botânica destacam-se aulas práticas, aprendizagem baseada em problemas e recursos audiovisuais, pois promovem a contextualização dos assuntos. Em virtude dos fatores levantados, foi possível averiguar que as causas da cegueira botânica no ensino superior são diversas e incluem a descontextualização e falta de aulas práticas, onde se faz necessário o investimento na capacitação profissional de professores e licenciandos. Dessa forma novas pesquisas podem abordar as várias metodologias ativas que podem ser aplicadas ao ensino superior, para melhoria da assimilação da Botânica em ambos os níveis de ensino, promovendo a quebra do ciclo da cegueira botânica.