A educação inclusiva e de forma mais específica, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) são assuntos que vêm sendo debatidos nos últimos anos. O que impulsiona tais debater é o aumento da quantidade de diagnóstico de alunos com TEA e a inclusão desses alunos em escolas de ensino regular. O presente trabalho tem como objetivo apresentar os resultados de uma revisão dos trabalhos publicados nos anais do Encontro Nacional de Educação Matemática Inclusiva (ENEMI) de 2019 e 2020 sobre o ensino de Matemática a estudantes com TEA. Para tanto realizamos uma pesquisa bibliográfica que envolveu inicialmente a análise de todos os trabalhos publicados no referido evento. Dos 73 trabalhos publicados no ENEMI I, 7 tratavam sobre o ensino de matemática e alunos com TEA e dos 69 trabalhos apresentados no ENEMI II, 10 tratavam do tema em questão. Os resultados indicam que alguns professores procuram novas metodologias para desenvolver suas aulas com toda a turma, ou seja, incluindo os estudantes com o referido transtorno. Também foi observado que as discussões sobre a educação inclusiva abordam leis que amparam os alunos TEA, como a Lei Berenice Piana – Lei n. 12.764/2012, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista -, e a neurodiversidade, área da psicologia que indica o quão diferente cada indivíduo é do outro. Dentre os trabalhos do evento, alguns indicam conteúdos que os professores têm dificuldades de ensinar aos alunos com TEA e que estes, também têm dificuldade de aprender. Dentre os conteúdos indicados, destacam-se a estatística e a probabilidade no Ensino Médio e o cálculo da divisão com seu algoritmo nos anos finais do Ensino Fundamental.