Este artigo aborda o quilombismo na cidade de São Paulo, abordando o conceito de aquilombamento cultural como uma tecnologia social para a construção de territorialidades negras. Três grupos foram analisados: Casa Amarela Quilombo Afroguarany, Comunidade Cultural Quilombaque e Coletivo Artístico Multicultural LGBTQIAPN+ Capoeira para TodEs. A pesquisa foi baseada em revisões bibliográficas interdisciplinares, abordagens afrocentradas, reportagens midiáticas e trabalhos de campo. Destaca-se a importância da corporeidade negra na potencialização de lugares e tradições de referências culturais afro-brasileiras, bem como a relevância dos símbolos e significados das vivências quilombolas para os imaginários negros pelas experiências afro-diaspóricas. Conclui-se que o quilombismo urbano persiste de maneira resiliente na contemporaneidade, valorizando e preservando a cultura afro-brasileira na capital paulista, por meio de variadas práticas de aquilombamento cultural que utilizam a arte e a educação como estratégias de resistência para suas múltiplas territorialidades e pautas.