Este trabalho tem como objetivo demonstrar que os saberes dos ancestrais têm resistido há séculos no mundo ocidental. O estudo busca trilhar no mundo do saber Munduruku, mediante abordagem das matrizes culturais da cosmovisão. Para Barreto (2021) o cosmo é vivenciado no território porque nele estão os principais elementos do saber como a água, terra, floresta e animais, incorporados a estes surgem os invisíveis ligado à espiritualidade de cada elemento, ou seja, como significados e significantes no modo da igualdade sociocultural, o respeito aos atributos da floresta é essencial. A episteme está conectada às raízes históricas Munduruku, as quais acreditamos ser parte concreta e abstrata da natureza. Na perspectiva de Krenak (2019) todo elemento pode ser o pai, mãe e avó na sabedoria ancestral. O escopo deste trabalho, é viajar no conhecimento das descobertas do mundo Munduruku e compreender a episteme a partir da origem do saber, não sendo mitológico. A metodologia se ampara em análise qualitativa baseada na fenomenologia sendo que as vivências e compreensões mantém as relações vivas na natureza a partir da afetividade do sujeito, conforme Sposito (2000). Contudo foram necessários realizar sobretudo pesquisas bibliográficas em consonância com Gil (2002), por meio de livros, artigos, dissertações e teses de autores indígenas e não indígenas que abordam a temática. Ao longo do trabalho será colocado um constructo mais claro apresentado nos resultados a partir da sabedoria Munduruku com respeito à natureza e seus elementos.