As questões migratórias no e para o Acre são complexas, no sentido de que, historicamente, a população acreana é resultante de inter-relação entre povos como peruanos, venezuelanos, haitianos, bolivianos, indígenas de diferentes povos, populações afro-brasileiras entre outras populações que, por diferentes motivos, transitam de espaços a outros para atender às suas diferentes necessidades, mesmo no caso de migrações forçadas como é o caso dos sujeitos haitianos que, por uma questão ambiental, tiveram de se deslocar de seus ambientes de origem; além de migrantes de outros países, o Acre tem se construído, ao longo do tempo, por sujeitos de outras regiões brasileiras e de outros países (ÔCHOA; IGLESIAS; TEIXEIRA, 2003). Nesse ínterim, ao longo do desenvolvimento da graduação em Geografia, observou-se nas disciplinas que discutem, de alguma maneira como os movimentos populacionais se desenvolvem/desenvolveram, apontam, por diferentes vias teóricas, formas de se olhar para as motivações que levam populações, de variados grupos sociais, a se deslocarem de seus espaços de origem e transitar para outros ambientes que, de alguma forma, de maneira forçada ou não, passam a construir novas formas de socialização e, por conseguinte, novas práticas identitárias que produzem traços de pertencimento a territórios construídos.