Os adolescentes com tuberculose (TB) não contam com uma abordagem distinta para sua idade e singularidade. Então, desenvolvemos um estudo qualitativo à distância, baseado no cuidado centrado na pessoa, com adolescentes de 10 a 19 anos com TB em dois ambulatórios de TB no Rio de Janeiro. Realizamos entrevistas individuais, com aplicação de questionário sobre Conhecimentos, Atitudes e Práticas (CAP) em relação à TB. As conversas foram transcritas e examinadas por meio de análise de conteúdo. Ocorreu ainda um encontro coletivo. Participaram do estudo 15 adolescentes, que demonstraram bom conhecimento sobre a doença, mas também equívocos relacionados à transmissão da TB. Identificamos que informações equivocadas, por vezes advindas dos profissionais de saúde, estavam relacionadas a maior estigma e sofrimento psíquico. Uma abordagem centrada na pessoa, que inclua atividades educativas para jovens e profissionais de saúde, e programas de aconselhamento por pares, parecem medidas imprescindíveis no cuidado aos adolescentes com TB.