A avaliação da composição corporal vem sendo realizada há tempos para o acompanhamento de programas de treinamento com pesos, especialmente na avaliação do componente magro ou musculoesquelético. A absorciometria radiológica de dupla energia (DXA) é uma proposta de avaliação interessante para a mensuração dos tecidos de forma regionalizada (membros superiores, inferiores, tronco), e mais precisamente, por regiões de interesse, conforme a necessidade do profissional. Via de regra, esses profissionais da área da saúde e esporte utilizam valores globais, de corpo inteiro para o acompanhamento de programas de treinamento resistido. Uma vez em posse do equipamento de DXA, é válido utilizar das possibilidades de se realizar análises regionalizadas e por região de interesse, conforme o grupo muscular utilizado no programa de treinamento. Analisar a correlação entre força máxima obtida a partir de teste de 1RM e variáveis de composição corporal indicadoras de massa magra e musculoesqueléticas obtidas a partir de DXA. Quinze jovens adultos universitários (24,4 ± 3,7 anos) realizaram em dias diferentes avaliação no DXA e teste de 1RM para extensão de coxa (distintas tentativas até acertar o valor adequado). Para a avaliação no DXA, após o escaneamento, a análise foi realizada e foram mensuradas as variáveis (em kg) tecido mole e magro total (TMM), tecido magro e mole apendicular (TMMA), massa magra de membros inferiores (MMMI), massa magra de membro inferior direito (MMMID), massa magra da região específica da coxa (ROIS coxa), além do peso total e do índice de TMMA (em kg.m-2). Análise de correlação de Pearson foi realizada entre as variáveis de composição corporal e de força máxima. Foram verificadas correlações significantes (p<0,05), fortes e positivas entre a força máxima e as variáveis MMMI (r=0,730), MMMID (r=0,730), TMMA (r=0,735), índice do TMMA (r=0,780) e ROIS coxa (r=0,783). Força máxima em jovens universitários apresentou forte correlação com variáveis de composição corporal do tecido magro mensurado por DXA, contudo, a maior correlação se deu com o tecido magro do grupo muscular específico da ação realizada.