Artigo Anais do XIII Congresso Internacional de Educação Fisica e Motricidade Humana e XIX Simpósio Paulista de Educação Física

ANAIS de Evento

ISSN: 2527-2268

INDIVÍDUOS COM DOENÇA DE PARKINSON COM DIAGNÓSTICO DE CONGELAMENTO DA MARCHA APRESENTAM DIFERENÇAS DAQUELES SEM O DIAGNÓSTICO DURANTE A PERFORMANCE DO ANDAR MESMO SEM CONGELAR

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Publicado em 24 de março de 2023

Resumo

O congelamento da marcha (“Freezing of Gait” – FoG), episódio repentino para iniciar o andar, é um dos distúrbios que podem comprometer indivíduos com doença de Parkinson (DP). Diversos estudos têm sido conduzidos para entender suas consequências nas atividades da vida diária dessa população, porém, o foco da maioria desses estudos é no FoG. Com isso, a questão que surge é se a performance do andar de indivíduos com diagnóstico de FoG seria semelhante a seus pares sem o diagnóstico de FoG, quando eles executam o andar sem apresentar o congelamento. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi comparar a performance do andar entre indivíduos com DP sem (DP-FoG) e com (DP+FoG) diagnóstico de FoG, para esclarecer essa questão. Vinte oito indivíduos com DP foram divididos em dois grupos: DP-FoG (n=16) e DP+FoG (n=12), sendo a idade, massa e estatura dos grupos, respectivamente, 62,92±6,49 e 63,66±9,04 anos; 77,65±12,38 e 79,29±14,33 kg; 1,6±0,09 e 1,67±0,06 m. Todos os participantes foram solicitados a andar cinco vezes e sem interrupção por um percurso plano de 6m de extensão, contornando um cone disposto em cada extremidade. Dois sensores inerciais (Physiolog 4, Silver 10D, Gait Up) foram posicionados sobre os pés dos participantes para registro de parâmetros espaço-temporais do andar. Os participantes dos dois grupos estavam no período “ON” da medicação, e nenhum deles apresentou FoG durante a avaliação. A duração do passo e a duração do balanço durante as cinco repetições, excluindo os trechos de contorno ao redor dos cones, foram consideradas nas análises. Primeiramente, foi identificado o membro que apresentou a duração mais longa e a duração mais curta do passo e do balanço para cada participante. Posteriormente, média, coeficiente de variação e índice de simetria foram calculadas para as duas durações. O grupo DP+FoG apresentou maior duração do passo do que o grupo DP-FoG, e ambos os grupos apresentaram diferença entre os membros para durações do passo e do balanço. O grupo DP+FoG apresentou maior variabilidade para duração do passo e do balanço, e para os dois grupos a variabilidade da duração do balanço foi maior para o membro com duração mais longa. Por fim, o grupo DP+FoG apresentou maior assimetria que o grupo DP-FoG para duração do passo. Esses resultados indicam que mesmo sem congelar durante a performance do andar, indivíduos com diagnóstico de FoG são diferentes de indivíduos com DP sem o diagnóstico de FoG.

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