No âmbito das Instituições Federais de Educação Profissional – EP, o cargo do técnico-administrativo é assumido por “não-docentes” compondo o quadro de profissionais. Esse cargo é importante pela dimensão social do seu trabalho educativo, centrado nos valores da educação e formação integral do sujeito. O trabalho desse profissional floresceu e se amplificou, suscitando questionamentos acerca das suas atribuições na EP brasileira. Nesse sentido, esta pesquisa se propõe investigar as atribuições e o espaço escolar ocupado pelos profissionais “não-docentes” da EP, a partir da legislação que regulamenta o quadro de funcionários. Para seleção dos documentos, utilizou-se os marcos históricos e legais da EP, desde a inauguração das Escolas de Aprendizes Artífices à obrigatoriedade do ensino profissional. A análise documental é de abordagem qualitativa, com discussão crítica e dialética acerca do contexto social e econômico de inserção da EP. Os achados da pesquisa apontam que do Decreto nº 7.566/1909 ao Decreto nº 2.208/1997, as políticas públicas posicionam o profissional não-docente num espaço de contradições, onde embora o deixe marginal ao processo educativo, reconhecem sua necessidade, favorecendo seu surgimento.