A escola não é o único espaço de construção de conhecimentos e saberes no qual os indivíduos aprendem e ensinam, ou seja, existem outros lugares, tais como os movimentos sociais, em que podem ser construídas práticas educativas. Partindo desta premissa, realizamos uma pesquisa na linha de pesquisa em Educação Popular do Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE da Universidade Federal da Paraíba em que nos debruçamos na “Luta do Povo de Alagamar” movimento social ocorrido em Alagamar, comunidade rural situada entre os municípios de Salgado de São Félix e Itabaiana – Paraíba – Brasil. Tínhamos como objetivo analisar, a partir das experiências dos trabalhadores rurais que vivenciaram a ação, as práticas educativas construídas na “Luta do Povo de Alagamar”. Neste artigo, apresentaremos os achados da pesquisa de mestrado, evidenciando o movimento social em estudo como um espaço de sistematização de práticas educativas que dialogaram com uma perspectiva de Educação Popular. Teoricamente estamos situados no campo da História Social em que recorremos ao conceito de experiência em Thompson (1987,1998). Além deste, recorremos aos conceitos de memória em Le Goff (2012), Educação Popular em Carillo (2007) e Movimentos Sociais em Batista (2007). Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa na perspectiva da História Oral e da Pesquisa Documental. A “Luta do Povo de Alagamar” constituiu-se como um espaço de construção de práticas educativas em que a partir de suas experiências e vivências, os trabalhadores rurais, em diálogo com agentes externos, educaram-se mutuamente em uma perspectiva da Educação Popular. Palavras-chave: História. Memória. Luta do Povo de Alagamar. Práticas Educativas. Educação Popular.