Por se tratar de um processo heterogêneo, complexo e natural que se estende ao longo da vida de um indivíduo, o processo de envelhecimento provoca alterações nas dimensões biológica, social e psicológica. Essas alterações aumentam a demanda por cuidados de longa duração, uma vez que a exposição prolongada a doenças crônico-degenerativas propicia situações de vulnerabilidade que permeiam a vida de muitos idosos brasileiros. Esse trabalho visa então analisar como se dá o processo de trabalho nas ILPIS. Para isso, realizou-se uma revisão de literatura apoiada em busca na base de dados PUBMED utilizando-se dos descritores Idosos, Instituições de longa permanência e humanização em saúde nos últimos dois anos (2020-2022) em português e inglês. Enquanto resultados, destacam-se as situações precárias, sem priorização de profissionais formados para o cuidado gerontológico e com recursos limitados, o que dificulta a participação do idoso no gerenciamento do próprio cuidado. Nas pesquisas que trataram apenas sobre força de trabalho, destaca-se a predominância de profissionais que reproduzem técnicas automatizadas, contemplando apenas as necessidades fisiológicas, relegando as demandas individuais e anulando as singularidades de seus residentes. Dessa forma, identifica-se que a forma de se realizar o cuidado da maioria das instituições tem características voltadas para as necessidades físicas, por vezes desconsiderando os fatores emocionais, tais como acolhimento, humanização, escuta atenciosa, resolução de problemas. Assim, reafirma-se a necessidade de continuação de estudos na temática, uma vez que, o desenvolvimento desses estudos oferece base para que se possa subsidiar ações e políticas que visem atender às demandas desse subgrupo populacional, bem como, reforçar a importância da humanização no manejo terapêutico da pessoa idosa.