No Brasil, a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, instituída em 2006, preconiza que as intervenções de saúde voltadas à pessoa idosa se constituem de abordagem multidisciplinar e multidimensional devendo ser considerada a intensa relação entre fatores físicos, psicológicos, espirituais, sociais e ambientais capazes de influenciar na saúde dessa pessoa. Tal requerimento se justifica no sentido de prover não só o necessário à subsistência e segurança da pessoa idosa institucionalizada, mas igualmente promover sua autonomia, independência e relações com o mundo externo em sua cotidianidade. Nesse sentido, esse artigo tem como objetivo refletir sobre a ILPI como alternativa no acolhimento das pessoas idosas. Para isso, foi realizada uma revisão de literatura, de caráter descritivo, com publicações nos últimos 5 anos (2018-2022), com buscas realizadas nas bibliotecas eletrônicas Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nos idiomas inglês e português utilizando-se das palavras-chave idoso, instituição de longa permanência e acolhimento. Os principais resultados apontam como principais motivos para optar pelas instituições de longa permanência para idosos (ILPIS) como alternativa de acolhimento são: o aumento da proporção de idosos por adultos, a longevidade da população, as dificuldades culturais e socioeconômicas relacionadas à pessoa idosa e seus cuidadores, a carência de um cuidador domiciliar, o comprometimento da saúde desse idoso e da família, a redução do tamanho das famílias, a falta de tempo na vida atual, e por consequência de conflitos familiares. Reafirma-se então que se tornam necessários mais estudos acerca do processo de institucionalização e a vivência da pessoa idosa na instituição são elementos de estudo fundamentais para o alcance de um entendimento aprofundado da realidade intrínseca dessa pessoa que está escrevendo o epílogo da sua história de vida.