O contexto de crise sistêmica atual torna latente a necessidade de (re)pensarmos formas de produções locais mais criativas e solidárias, tendo como base princípios agroecológicos, os quais se baseiam em formas de produção/consumo mais plural, diversa, saudável, sustentável, justa e democrática que fazem girar a economia local e proporcionam garantias à segurança e soberania alimentar. Para tanto, é fundamental trazer a temática para dentro do(s) próprio(s) espaço(s) acadêmico(s), a partir da construção de artefatos de aprendizagem voltados à agroecologia. Nesse sentido, o objetivo geral desse trabalho é analisar os aprendizados do projeto que está sendo implementado na Fundação Darcy Vargas (FDV) localizada na zona portuária da cidade do Rio de Janeiro, titulado “Introdução da feira agroecológica como instrumento pedagógico-político: articulação entre a educação ambiental e economia criativa”. O projeto proposto conta com diversas atividades que estão sendo realizadas com os alunos do sexto e do nono período do ensino fundamental durante o ano eletivo de 2022 na FDV: apresentação de filmes, aplicação de jogos educativos, visita à museus, aulas na cozinha, oficinas experimentais, produção de mapas de justiça ambiental, entre outras, culminando na elaboração, organização e apresentação de um projeto de feira agroecológica para FDV pelos próprios alunos da instituição. Espera-se que o projeto possa contribuir na formação de sujeitos críticos capazes de pensarem ações mais sustentáveis, saudáveis e justas para os seus próprios territórios e na criação de espaços que fortaleçam produções locais criativas e solidárias.