OS BENEFÍCIOS DA COMPETÊNCIA CULTURAL NA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE SÃO RECONHECIDOS E EXISTE UMA DEMANDA DE SÍNTESE E DISSEMINAÇÃO DE CONHECIMENTOS DESSE CAMPO. DESTACA-SE A PERSPECTIVA DA INTERSECCIONALIDADE DE IDENTIDADES SOCIAIS MINORITÁRIAS DE RAÇA E SEXUALIDADE. ESTE É O FOCO DA PRESENTE REVISÃO SISTEMÁTICA, PROJETADA PARA AVALIAR ESTUDOS PRIMÁRIOS PUBLICADOS SOB O ENFOQUE DA INTERSECCIONALIDADE COM IMPACTO NA SAÚDE DE MINORIAS SUPERPOSTAS. PARA NORTEAR O ESTUDO, FORMULOU-SE A SEGUINTE QUESTÃO: EM PESSOAS QUE FAZEM PARTE DE MINORIAS SEXUAIS E RACIAIS SIMULTANEAMENTE, O IMPACTO NA SAÚDE DIFERE DO DE PESSOAS QUE NÃO PERTENCEM A AMBOS OS GRUPOS MINORITÁRIOS? FORAM PESQUISADOS OS BANCOS DA SCIELO, LILACS E MEDLINE, COMPLEMENTANDO-SE COM BUSCA NO GOOGLE ACADÊMICO, A PARTIR DA COMBINAÇÃO DOS DESCRITORES “MINORIAS SEXUAIS E DE GÊNERO” (AND) “FATORES RACIAIS” (AND) “SAÚDE”, EM PORTUGUÊS, INGLÊS E ESPANHOL, ENTRE 2010 E 2020. FORAM SELECIONADOS 12 ARTIGOS, EM INGLÊS, 75% NA MEDLINE, COM ESTUDOS OBSERVACIONAIS DE ABORDAGEM QUANTITATIVA, DE NÍVEL DE EVIDÊNCIA FRACA A MEDIANA, REALIZADOS EM NAÇÕES DESENVOLVIDAS. A MAIORIA NÃO DESTACOU EXPLICITAMENTE A TEORIA INTERSECCIONAL COMO REFERENCIAL, MAS APOIOU A ASSERTIVA DE QUE AS PESSOAS LGBTQIA+ NEGRAS SÃO MAIS AFETADAS POR SOFRIMENTO MENTAL E ESTRESSE EMOCIONAL, MAIOR RISCO DE HIV E MENOR USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS. EM PESSOAS QUE SÃO SIMULTANEAMENTE DE MINORIAS SEXUAIS E RACIAIS, O IMPACTO DA DISPARIDADE NA SAÚDE DIFERE DO DE PESSOAS QUE NÃO PERTENCEM A AMBOS OS GRUPOS MINORITÁRIOS. DESTACA-SE A AUSÊNCIA DE PESQUISAS EMPÍRICAS NESTE CAMPO DA INTERSECCIONALIDADE RACIAL/SEXUAL NO BRASIL.