A PROPOSTA DESTE ARTIGO É DISCUTIR A ATUAÇÃO FEMININA NO MOVIMENTO ESTUDANTIL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, QUE SE OPÔS À DITADURA MILITAR DO BRASIL DURANTE OS ANOS DE 1968 A 1975, NO QUE TANGE MAIS ESPECIFICADAMENTE AS EXPERIÊNCIAS DE TRANSGRESSÃO, INSUBMISSÃO, E DESOBEDIÊNCIA POLÍTICA. MAS, PARA COMPREENDER A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES, TORNOU-SE NECESSÁRIO INVESTIGAR O CONTEXTO POLÍTICO E SOCIAL DO BRASIL EM QUE ELAS ESTAVAM INSERIDAS, JÁ QUE, POR UM LADO, TINHA A VOZ DO DISCURSO CONSERVADOR QUE REFORÇAVA O LUGAR DA MULHER DENTRO DO MUNDO PRIVADO, DA VIDA DOMÉSTICA, E DA FUNÇÃO PRINCIPAL DE REPRODUÇÃO/MATERNIDADE, POR OUTRO, NOVOS DEBATES ERAM PROPOSTOS, PRINCIPALMENTE PELO MOVIMENTO FEMINISTA, NAS DÉCADAS DE 1960 E 1970, QUE QUESTIONAVA OS VALORES SOCIAIS TRADICIONAIS E PROBLEMATIZANDO TEMAS COMO A VIRGINDADE E A LIBERDADE. OBSERVAMOS QUE OS ELEMENTOS QUE ESTRUTURAVAM O “SER MULHER MILITANTE” ESTAVAM INFLUENCIADOS PELAS HIERARQUIZAÇÃO DE GÊNERO E OS VALORES COMPARTILHADOS NO PERÍODO VIVENCIADOS PELAS ENTREVISTADAS. A METODOLOGIA UTILIZADA, SE DEU POR CONTA DA ANÁLISE DOS DADOS RECOLHIDOS EM ENTREVISTAS INDIVIDUAS, QUE TEVE COMO OBJETIVO INVESTIGAR AS TRAJETÓRIAS DE VIDA DAS MULHERES. COMPREENDEMOS OS PROCESSOS DO DESENVOLVIMENTO DA MEMÓRIA, UTILIZAMOS OS CONCEITOS DE “MEMÓRIA COMUNICATIVA” DE ALEIDA ASSMANN E DE “MEMÓRIA COLETIVA” DE MAURICE HALBWACHS, POIS ANALISAMOS A MEMÓRIA COMO UMA CONCEPÇÃO NÃO APENAS INDIVIDUAL, MAS TAMBÉM SOCIAL.