O BRASIL APRESENTA O MAIOR NÚMERO DE ESPÉCIES DE PEIXES DULCÍCOLA DA REGIÃO NEOTROPICAL. ENTRETANTO, ALGUMAS REGIÕES DO PAÍS, COMO O NORDESTE, SÃO POUCO ESTUDADAS EM RELAÇÃO A SUA ICTIOFAUNA. A MAIORIA DAS BACIAS DO NORDESTE ESTÁ SOB A INFLUÊNCIA DA CAATINGA, CARACTERIZADA POR APRESENTAR UM REGIME INTERMITENTE DE SEUS RIOS, DEVIDO AS CONDIÇÕES AMBIENTAIS PROPORCIONADAS PELO CLIMA SEMIÁRIDO, COM ELEVADAS TAXAS DE EVAPORAÇÃO E BAIXO ÍNDICE PLUVIOMÉTRICO. PARA DIMINUIR O IMPACTO DAS SECAS NA REGIÃO, ATUALMENTE ESTÁ EM DESENVOLVIMENTO O “PROJETO DE TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO PARA AS BACIAS DO NORDESTE SETENTRIONAL”. UMA DAS BACIAS QUE IRÁ RECEBER ÁGUAS DESSE PROJETO É A DO RIO PIRANHAS-AÇU. ESTE É UM DOS PRINCIPAIS RIOS DO NORDESTE SETENTRIONAL, COM SUA DRENAGEM DISTRIBUÍDAS NOS ESTADOS DA PARAÍBA E RIO GRANDE DO NORTE. PARA CONHECER A DIVERSIDADE E DISTRIBUIÇÃO DOS PEIXES DULCÍCOLAS DO RIO PIRANHAS-AÇU, ANTES DOS PROVÁVEIS IMPACTOS CAUSADOS PELO PROJETO DE TRANSPOSIÇÃO, O PRESENTE ESTUDO REALIZOU UM LEVANTAMENTO DAS ESPÉCIES DE PEIXES DULCÍCOLAS DESTA BACIA. ALÉM DISSO, ESSE ESTUDO TAMBÉM TEVE COMO OBJETIVO CONTRIBUIR COM INFORMAÇÕES SOBRE DIVERSIDADE E DISTRIBUIÇÃO DE PEIXES DO NORDESTE. OS DADOS FORAM PROVENIENTES DA COLEÇÃO ICTIOLÓGICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (CIUFPB), A MAIOR DA REGIÃO, ACRESCIDO DE ACERVOS ICTIOLÓGICOS DE INSTITUIÇÕES NACIONAIS E ESTRANGEIRAS. FORAM REGISTRADAS 50 ESPÉCIES, DISTRIBUÍDAS 17 FAMÍLIAS E SEIS ORDENS. A ORDEM MAIS REPRESENTATIVA FOI CHARACIFORMES COM 30 ESPÉCIES (60% DO TOTAL), SEGUIDA POR SILURIFORMES (8/16%), CICHLIFORMES (7/14%), CYPRINODONTIFORMES E GOBIIFORMES (2/4%) E SYNBRANCHIFORMES (1/2%).