O presente artigo tem por intuito analisar a construção da identidade negra, no que diz respeito aos seus habitus (BOURDIEU), no tocante as práticas sociais, conscientes ou inconscientes. Nosso objetivo é discutir a identidade negra do afro-brasileiro no contexto da sociedade brasileira. Partindo dessas prerrogativas, abordaremos os processos históricos que moldaram a construção da identidade negra, e os espaços sociais permissivos das práticas sócio-cultural negra. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica onde partimos dos estudos desenvolvidos por Bourdieu (1998); Certeau (1998) e Veras & de Brito (2012), no sentido de refletir acerca da construção identitária negra, no que tange aos seus habitus e espaços culturalmente construídos de ação desses. As reflexões que elaboramos tem por intuito analisar a construção da identidade negra, que também vela pela afirmação desta no universo de globalização no qual estamos inseridos, que tem dissolvido as identidades. Buscamos usar a literatura de Cordel, porque avaliamos que seu uso como referencial é de grande valia em nossa análise. Vemos que a literatura tem um forte poder de criação de identidades, seja elas étnica, de classe, ou de raça, logo, analisa-la e usa-la enriquece e muito a discussão e o nosso trabalho. Primamos pelo pressuposto da afirmação da identidade negra, porque vemos que é deveras importante o reconhecimento étnico para a reivindicação de direitos e espaços perante o Estado e a Sociedade.