A prática de escrever sobre o próprio “eu” é uma forte tendência literária no mundo Ocidental bem como na Literatura Hispano-americana. Denomina-se literatura autobiográfica as produções literárias escritas em primeira pessoa cujo personagem e escritor são as mesmas pessoas. Uma das características principais dessa escrita é a memória. Essa pesquisa investiga o tema da memória em Vivir para Contarla (2007) de Gabriel García Márquez, no qual discutimos os limites e fronteiras entre a realidade e a ficção. Sinalizamos que a autobiografia é um texto que encontra-se nas fronteiras da realidade e da imaginação por utilizar da memória para narrar a história. Para tanto, utilizamos as contribuições teóricas de Klinger (2007), Lejeune (2007), entre outros.