O aumento da expectativa de vida muitas vezes é acompanhado pelo processo de adoecimento
inerente ao envelhecimento. Essa realidade pode refletir na dependência dos idosos para a
realização de atividades cotidianas, ocasionando a institucionalização dos mesmos pelos
familiares. Percebendo, dessa forma, a necessidade de uma abordagem interdisciplinar e
integral, promovidas pelos cuidados paliativos, os quais visam a melhoria da qualidade de vida
de pacientes com doenças sem possibilidades de cura e auxiliam no enfrentamento das suas
limitações. Assim, esse estudo objetiva conhecer a percepção dos idosos em relação ao embate
da finitude humana. Trata-se de uma pesquisa de campo de caráter exploratório e descritivo
com abordagem qualitativa. Foram avaliados 6 idosos institucionalizados de ambos os sexos
residentes na instituição de longa permanência Vila Vicentina Júlia Freire no município de João
Pessoa-PB, seguindo alguns critérios de inclusão. O instrumento utilizado para coleta de dados
foi um roteiro de entrevista semiestruturado elaborado pelas pesquisadoras, envolvendo
aspectos sociodemográficos dos idosos e informações relacionadas ao enfrentamento e a
aceitação da terminalidade. Todo estudo respeitou a Resolução 466/12 do Conselho Nacional
de Saúde a qual trata de pesquisa envolvendo seres humanos. Por fim, foi observado que a
espiritualidade é uma questão muito presente na aceitação da finitude da vida e enfrentamento
de momentos difíceis para os idosos institucionalizados. Ela, além de refletir em como os
pacientes lidam com algumas doenças, possibilita uma melhora na qualidade de vida no geral.