FRANCO, Roberto Kennedy Gomes et al.. A aids/sida no contexto do mundo do trabalho. Anais IV FIPED... Campina Grande: Realize Editora, 2012. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/520>. Acesso em: 13/11/2024 03:00
O texto aborda a proliferação do vírus da imunodeficiência humana – VIH sob a perspectiva do materialismo histórico-dialético. O objetivo é analisar a relação entre a sorologia positiva para o HIV e as contradições do mundo do trabalho. Metodologicamente trabalhou-se com a interface de fontes diversas (orais e escritas). Iniciamos do entendimento de que é pela mediação do trabalho que o corpo aprendiz historicamente organiza sua relação social com o meio ambiente, pois é ao mesmo tempo produtor e produto do meio social em que vive e se adapta ao longo de sua trajetória como espécie biológica, aliando as características específicas de cada ecossistema às suas e, assim, provendo sua sobrevivência pelo prolongamento de sua saúde. Em 2012, na terceira década de pandemia, os dados pesquisados denunciam que o vírus dissemina-se de maneira crescente nas classes sociais de menor escolaridade, ou seja, a AIDS afeta especificamente a classe pobre. No contexto de mercantilização da saúde, as estimativas indicam que mais de 90% dos casos de AIDS se concentram em países de economias periféricas da África e América Latina. Na realidade histórico-educativa brasileira, os dados apontam que cerca de 50% da população sorologicamente positiva para o HIV é pobre e com baixíssimo nível de escolaridade. O adoecimento, nesse sentido, reproduz as contradições de classe da sociabilidade do Capital. Palavras-chave: AIDS. EDUCAÇÃO. MUNDO DO TRABALHO. DESEMPREGO. POBREZA