O envelhecimento humano muitas vezes caminha com diversas comorbidades que evoluem para repercussões sistêmicas significativas. É de suma importância o conhecimento do perfil dos idosos internados em unidades de terapia intensiva (UTI), organizando a assistência. Estudo descritivo retrospectivo, baseado em dados obtidos a partir do prontuário eletrônico no período de janeiro a março de 2017 na UTI de um hospital público localizado nos Campos Gerais. Foram incluídos pacientes com idade superior a 60 anos e que permaneceram mais de 24 horas na UTI. As variáveis investigadas foram sexo, idade, motivo de internamento, tempo de internação e a taxa de mortalidade. Analisou-se ainda, o uso de dispositivos, além de acidentes com tais dispositivos. Preceitos éticos e legais foram atendidos, sob o número 2.592.185. A população total foi de 46 (100%) indivíduos, maioria sexo masculino 29 (63.04%), a idade media de 71.19 anos e a media de tempo de internamento de 7.04 dias. As afecções cardiovasculares foram maior causa de internamentos 21 (45.65%); 29 (63.04%) pacientes necessitaram de ventilação mecânica. A taxa de óbito foi de 13 (28.26%) indivíduos. Quanto aos dispositivos, 28 (60.86%) indivíduos necessitaram de ventilação não invasiva; 33 (71.73%) utilizaram sonda vesical de demora; 24 (52.17%) dispuseram de cateter venoso central e 32 (69.56%) fizeram uso de sonda nasoenteral. Oito (17.39%) indivíduos sofreram acidentes com algum dispositivo utilizado, sendo necessário o uso de contenção mecânica em 4 deles. As descrições das características dos internamentos auxiliam no planejamento das políticas de saúde pública, fomentando um atendimento de melhor qualidade.