O Brasil apresenta-se no cenário mundial como um forte produtor de rochas ornamentais, tais como granito, mármore, gnaisse, ardósia, entre outras, sendo o Estado do Espírito Santo, o maior responsável por essa produção. Apesar da expressividade econômica que proporcionam, as atividades da indústria de rochas ornamentais geram enormes quantidades de resíduos sólidos, que podem causar danos ao meio ambiente e as pessoas. A produção de resíduos durante o beneficiamento das rochas ornamentais é gerada em enormes quantidades, em forma de lama constituída por pó de pedra, cal, água e granalha metálica e pó de pedra com retalhos de rochas. O desenvolvimento de novos materiais através da reutilização de resíduos é uma alternativa viável para agregar valor ao processo produtivo e reduzir o impacto ambiental gerado pela deposição dos resíduos em lixões, aterros sanitários e aterros industriais. Assim neste estudo verificou-se a viabilidade de incorporar os resíduos de mármore no processo de produção de argamassas para assentamento, através da análise das características físicas, químicas e mineralógicas do resíduo de mármore através de ensaios laboratoriais. Os resultados obtidos mostraram que o resíduo de mármore apresenta uma composição majoritária de óxidos de cálcio e de magnésio, e como fases mineralógicas a calcita e a dolomita, principais constituintes das rochas carbonáticas. A composição semelhante com a de outros materiais já utilizados na construção civil valida a utilização do resíduo como insumo para a construção civil. Também foram estudadas as propriedades físicas da argamassa com incorporação do resíduo através do ensaio de absorção por imersão em água. No ensaio verificou-se que a argamassa com resíduo apresenta uma maior taxa de absorção quando comparada com uma argamassa de referência, sem resíduo.