O presente artigo tem como objetivo analisar os relatos das experiências apresentados na obra “Maus”, de Art Spiegelman, que faz despontar, por sua vez, a problemática da barbárie associada ao fenômeno da insensibilidade e da banalização do mal. Este estudo dispõe-se a responder a seguinte problemática: como os relatos apresentados na obra “Maus” de Art Spiegelman podem nos suscitar uma postura crítica sobre a insensibilidade humana e a banalização do mal nos fenômenos de barbárie que nos são contemporâneos, seja enquanto fato seja enquanto possibilidade? Diante dessa problemática, organizaremos o desenvolvimento da análise deste estudo em duas etapas específicas: primeiramente investigaremos como em sua exposição do fenômeno do holocausto – a obra “Maus” nos revela experiências de insensibilidade humana e banalização do mal promovida pelos nazistas nos campos de concentração; em seguida, analisaremos os conceitos de insensibilidade e de banalização do mal, a partir da perspectiva de Walter Benjamin e Hannah Arendt, pensando-os como eixos críticos da experiência de barbárie promovida no Holocausto. Concluindo, a partir das notas criticas que tecemos, que é de extrema necessidade investigar e tentar compreender o fenômeno da barbárie do holocausto, pois hodiernamente não estamos isentos de presenciarmos atrocidades semelhantes a do passado, tendo em vista o mundo líquido em que vivemos, a banalização das coisas tem acarretado um grande desequilíbrio nas relações sociais, pois tudo tem se tornado muito banal, a violência tem se tornado algo comum, e a falta de experiência faz com que nossa sensibilidade seja mortificada, normalizando atrocidades similares ou piores as do holocausto.