Este artigo tem como objetivo central promover uma reflexão sobre os fundamentos norteadores das teorias tradicionais e críticas do currículo, como o intuito de relacionar a teoria de Michael Apple sobre o currículo como modelador social e o princípio Marxista sobre a teoria de lutas de classes. Perpassando pelas principais teóricos Marxistas que fundamentam o pensamento de Michael Apple que são Louis Althusser e Antônio Gramsci, os pensadores progressistas mencionados nesse artigo articulam ideias próximas sobre a opressão dos capitalistas diante dos trabalhadores usando a ideologia e a política para modelar através do currículo condicionar a neutralidade os trabalhadores. A escola como instituição normalizadora acaba sendo o espaço principal da apropriação de uma ou outra característica na construção social do sujeito e o currículo neutro ou crítico são resultados de ideias políticas assim como a cultura promovida por eles. Contudo, podemos dizer que é necessária uma apropriação política no sentido de repensar a luta de classes, numa hegemonia dominante e a construção de um pensamento emancipatório para uma promoção de mudança essencial na reelaboração do currículo tradicional neutra para o crítico só assim os trabalhadores terão condições efetivas na construção de uma aprendizagem critica reflexiva que é o objeto principal da teoria crítica do currículo de Michael Apple.