A inclusão é uma temática relativamente recente, especialmente quando se trata da inclusão de estudantes no ensino superior. Atualmente, um decreto de lei assegura o acesso de estudantes às universidades federais através do sistema de cotas. Contudo, questionamentos sobre as condições de permanência com qualidade têm sido feitos com frequência. O presente trabalho teve por objetivo investigar as possíveis dificuldades enfrentadas por um estudante com deficiência física, diagnosticado com Atrofia Muscular Espinhal Tipo II, e propor contribuições para a sua inclusão a partir do olhar da Psicologia. O estudo de caso foi analisado com base em duas entrevistas semiestruturas realizadas com o estudante e com a coordenadora do curso de graduação. Dificuldades relacionadas à acessibilidade arquitetônica dos ambientes universitários foram levantadas mais fortemente. Ademais, aspectos da dimensão atitudinal, pedagógica e política também foram observados. Por fim, há contribuições para o caso circunscritas no âmbito da psicologia em interface com a educação. Acredita-se que as reflexões suscitadas sobre este caso poderão auxiliar pessoas em situação semelhante.