Este artigo apresenta uma pesquisa nas obras de Pierre Lévy, sobre as relações entre tecnologia e educação. A investigação está centrada sobre os conceitos de desterritorialização do conhecimento e descentralização do saber. A temática que Pierre Lévy desenvolve, a respeito dos conceitos das tecnologias da inteligência e inteligência coletiva, assim como o saber e o conhecimento que permeiam a educação do futuro, é o objetivo central deste trabalho. O objeto de pesquisa é a própria produção do autor. Esses conceitos são problematizados levando em conta duas instâncias: de um lado, o conhecimento acadêmico institucionalizado e de outro lado, a proposta de uma inteligência coletiva, que dá espaço para uma dimensão mais ampla do saber humano. Lévy reconhece que cada ser humano sabe alguma coisa, e que, em função disto, entende que o conhecimento no lugar de estar reservado a espaços específicos, está presente na humanidade na forma de uma inteligência coletiva. Acredita que a popularização do acesso ao ciberespaço através das tecnologias da inteligência e da cibercultura resulta em um “espaço antropológico” onde as inteligências coletivas produzem um “espaço de saber democrático”, possível a todos os seres humanos e, um “espaço de produção” de diferentes saberes.