O trabalho em questão traz o relato de uma sequência de ações pedagógicas que teve como
objetivo principal investigar as possibilidades de se trabalhar com cinema, através de filmes, em prol
de uma educação voltada para os direitos humanos, buscando a desconstrução de práticas e discursos
colonizadores que invisibilizam sujeitos e suas culturas. Assim, o texto traz o relato de três
intervenções a partir da utilização de dois curtas e um longa-metragem de animação que serviram
como pontos de partida para processos de reflexão e criticidade sobre a supervalorização de
determinadas culturas em detrimento de outras. As intervenções foram desenvolvidas no ano de 2017,
durante o estágio não obrigatório em uma instituição particular, localizada em Garanhuns/PE. Os
sujeitos envolvidos na pesquisa foram crianças do primeiro ano Ensino Fundamental. Os resultados
obtidos nas atividades foram analisados à luz de teóricos como Martín-Barbero (2006), Foucault
(1997) e Fresquet (2009). Do que foi visto, é possível perceber o quanto o imaginário social está
permeado de visões colonizadoras à cerca das culturas que estão à margem da visibilidade e o quanto
se faz necessário que a escola seja um espaço que educa para equidade entre os sujeitos e valorização
de suas culturas.