O objetivo deste trabalho é apresentar os resultados parciais de uma pesquisa, em andamento, sobre letramento e formação do professor de LP, a qual investiga os efeitos de reversibilidade da escrita na prática profissional de uma professora de LP e no letramento de seus alunos. A partir desses resultados, neste artigo, (re)visito e (re)significo os conceitos de reescrita, de refacção e retextualização. Trata-se de um estudo de caso filiado à Linguística Aplicada, informado, principalmente, pela concepção de letramento como um conjunto de práticas sociais situadas de uso da leitura e da escrita (KLEIMAN, 1995; OLIVEIRA; KLEIMAN, 2008); de escrita como trabalho (FIAD; MAYRINK-SABINSON, 1991) e de texto como um processo (KOCH, 2001, 2004). O corpus analisado é constituído por 283 (duzentos e oitenta e três documentos) e 04 relatos reflexivos orais coletados/gerados de 2004 a 2010. Os resultados apontam que é a intervenção de um mediador o que diferencia a reescrita da refacção. Já a retextualização ocorre tanto na reescrita quanto na refacção. Este trabalho se justifica tendo em vista que mostra como uma professora participou de eventos de letramento desde a educação básica até o ensino superior, bem como aponta o quanto esses eventos influenciaram na sua prática profissional.