O corpo é um instrumento de contato social e constituinte da subjetividade. É um elemento importante na relação do indivíduo com o outro, com o mundo e com o conhecimento. O presente artigo tem por objetivo abordar a representatividade do corpo e o seu lugar no trabalho docente em uma dimensão humana, cultural e pedagógica tanto no tempo como no espaço. A teorização desse estudo foi embasada na concepção de Freud que traz um recorte sobre a abordagem do corpo na psicanálise e na concepção Walloniana que entende e enxerga o corpo como um processo de humanização dos sujeitos. A metodologia adotada foi a pesquisa qualitativa, devido o nível de subjetividade e complexidade que envolve o tema. O instrumento aplicado foi a entrevista semiestruturada, a seis professores de duas instituições de Ensino Superior do Distrito Federal, sendo uma pública e outra privada. Por meio desse trabalho foi possível identificar que o corpo é instrumento de identidade pessoal e profissional, o qual produz vários significados visíveis e invisíveis. Elementos esses, imprescindíveis no processo de formação do indivíduo. Considera-se que a consciência da representatividade corporal pode ser uma ferramenta no fazer docente, uma vez que instrumentaliza o professor para lidar com os desafios de sala de aula, porém a formação de professores nem sempre contempla as dimensões corporais no ambiente educativo, deixando uma possível lacuna na capacitação docente.