O presente artigo pretende mostrar uma leitura atualizada dos ensaios contidos em The Common Reader (O Leitor comum, em tradução brasileira de 2007), da escritora inglesa Virginia Woolf (1882-1941), título originalmente publicado em dois volumes nos anos de 1925 e 1932, situando as sugestões da autora no contexto educacional brasileiro. Grande parte dos textos foi baseada em palestras da romancista em escolas britânicas. Irei comentar acerca dos problemas que professores enfrentam enquanto estudantes de graduação e os desafios que irão enfrentar no contexto de sala de aula. Irei explorar e expandir as sugestões que Woolf apresenta em seus ensaios do século passado, que podem ser atualizadas no ambiente escolar contemporâneo e também relacioná-las ao que outros teóricos defendem no quesito de ensino de literatura e leitura das obras de arte, como Mikhail Bakhtin, Jonathan Culler e Luigi Pareyson. Conclui-se que o professor de literatura deve encontrar o “leitor-comum” dentro de si para que possa estimular os alunos a encontrarem tal perfil dentro deles.