Militâncias do Transfeminismo Afroindígena e ativistas dos Direitos Humanos e movimento
LGBT, através do Grupo Guaribas de Livre Orientação Sexual – GGLOS, empoderam-se das secretarias
e coordenadorias de Direitos Humanos e Livre Orientação Sexual, e da Diversidade e Inclusão, na
Cidade de Picos, município-polo do Território de Desenvolvimento do Vale do Rio Guaribas – Piauí,
para executar o Projeto Diálogos em Diversidade: Por uma escola humanizada. Justificando-se na
demanda de enfrentamento da violência escolar, inerente ao sistema colonizador, historicamente
interseccionada pelas discriminações/opressões às diferenças étnico-raciais de gêneros e sexualidades,
objetivou-se a efetivação da formação continuada de professores, valendo-se das legislações federais,
estaduais e municipais que instituem a Diversidade e estabelece a obrigatoriedade do Ensino de História
e Culturas Africana, Afrobrasileira e Indígena, assim como o uso do nome social das pessoas travestis
e transexuais nos serviços públicos e privados da educação, saúde, comércio e lazer; os dias municipais
dos ciganos e umbandistas e do combate ao racismo, à violência contra a mulher e à homofobia.
Alcançando onze escolas públicas, a iniciativa problematizou as perspectivas teórico-metodológicas dos
direitos decoloniais emergidos com as reformulações práticas e obrigatórias dos currículos, uso do
diálogo transdisciplinar entre os diversos saberes locais dos sujeitos coletivos, professores-militantes,
que fazem a educação básica. Os resultados sinalizam a emergência da Escola Inclusiva como categoria
estratégica e (não)governamental do movimento social de educadores engajados na Ecologia dos
saberes, desconstrução do eurocentrismo e visibilidade dos direitos étnico-raciais que subvertem o
capitalismo patriarcal e seu sistema moderno da colonialidade de gêneros e sexualidades.