A matemática é uma ciência conhecida por sua racionalidade, abstração e complexidade. Por muitos anos foi encarada como uma área específica aos homens, por haver o mito de que os mesmos teriam uma tendência natural para os cálculos, limitando as mulheres a tal ciência. Fatos como este marcaram a sociedade de forma que até o momento ainda percebe-se a ausência da mulher nos livros didáticos assim como em cursos voltados para a área de cálculos, e profissões que exijam o conhecimento matemático. Além da falta de estímulo para as mesmas a estes campos, ainda há de se observar os mais diversos obstáculos enfrentados pelas que decidem desbravar este caminho. Este trabalho tem o objetivo de avaliar os obstáculos enfrentados pelo gênero feminino em carreiras profissionais em particular as voltadas para área dos cálculos, assim como a discrepância numérica entre os gêneros em cursos desta área a citar na licenciatura em matemática, tanto no âmbito profissional (docente), assim como na classe dos discentes futuros profissionais, fazendo uma comparação dos dados do ano 2008 com relação ao ano de 2018. A relevância deste trabalho justifica-se por incentivar as mulheres para as mais diversas carreiras, buscando a igualdade tanto salarial quanto reconhecimento em sua profissão, rompendo com essa violência simbólica de determinar áreas e remunerações de acordo com o gênero. Utilizamos dados coletados nas páginas Observatório de Gênero do Governo Federal e Globo.com, observando a remuneração profissional de ambos os sexos. Refletimos sobre dados quantitativos da presença feminina no curso de licenciatura em matemática tanto no âmbito profissional com corpo discente da Universidade Estadual da Paraíba, coletados junto ao Departamento de Matemática desta Instituição, com o intuito de observar a que passo se encontra à presença das mulheres no curso. Os resultados mostram que apesar dos avanços femininos as mais diversas áreas do conhecimento, os cursos mais voltados para área dos cálculos, em particular a Licenciatura em Matemática de Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) de Campina Grande, ainda representam um número baixo do Gênero feminino em sua composição.
A sociedade não contribui de forma relevante para o crescimento deste número. De acordo com esta pesquisa não há expectativas até o momento de que as mulheres se equiparem quantitativamente aos homens neste curso.